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38 páginas
1. INTRODUÇÃOHepatite é a inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, bactéria, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As hepatites causadas por vírus são as mais frequentes e cada uma recebe o nome do vírus que lhe deu origem. No nosso meio, as hepatites mais importantes são causadas pelos vírus A, B e C. As hepatites virais possuem diferentes modos de transmissão, variando de acordo com o vírus. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras (DELDOTO et al., 2011). No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite (DELDOTO et al., 2011). 1.1. BIOSSÍNTESE A replicação do genoma da hepatite (Figura 1) ocorre exclusivamente no citoplasma dos hepatócitos infectados. A biossíntese se inicia com a adsorção da partícula ao receptor celular, seguida de penetração e liberação do RNA viral no citoplasma. O RNA genômico é infeccioso e é traduzido imediatamente em proteínas, além de servir de molde para a síntese de um RNA complementar de polaridade negativa, que serve de molde para a síntese de novas moléculas de RNA de polaridade positiva, funcionando como RNA genômico e também como RNA mensageiro para a produção da poliproteína viral. A poliproteína é processada por enzimas virais, originando as proteínas estruturais que formarão o capsídeo. Após a replicação do RNA viral, as partículas são montadas e liberadas por lise