03 PADRONIZACAO DAS DEMONSTRA OES CONTABEIS
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Neste capítulo apresenta-se por que as demonstrações financeiras publicadas mesmo que estejam expressas em moeda constante ou em dólares, precisam ser padronizadas, ou seja, reclassificadas e condensadas para fins de análise.
Para tanto, foi criado um modelo de balanço e demonstração do resultado, dentro do objetivo de mostrar como as diversas técnicas de análise se complementam.
1 - PADRONIZAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FI NANCEIRAS
As demonstrações financeiras devem ser preparadas para a análise, da mesma forma que um paciente que vai submeter-se a exames médicos.
Antes de iniciar a análise, devem-se examinar detalhadamente as demonstrações financeiras.
Este trabalho é chamado Padronização e consiste numa crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como na transcrição delas para um modelo previamente definido como se acha reproduzido adiante.
A Padronização é feita pelos seguintes motivos:
Simplificação: um balanço apresentado segundo a Lei das S.A., por exemplo, compreende cerca de 60 contas. Isso dificulta a visualização do balanço como um todo. Quando se colocam lado a lado três balanços com 60 valores cada um e se calculam os percentuais de variação de um ano para outro, bem como a composição percentual de cada balanço (que é chamada análise vertical e horizontal), chega-se a 540 números, o que complica enormemente o trabalho de um analista. O modelo de balanço do quadro adiante reduz para cerca de 20 o número de contas do balanço.
Comparabilidade: com exceção das companhias que operam em ramo onde existe um plano de contas legal obrigatório (como acontece com bancos, seguradoras etc.), toda empresa tem seu próprio plano de contas, com maior ou menor grau de detalhes e com títulos de contas em que é difícil descobrir a origem. Como a análise se baseia em comparação, só faz sentido analisar um balanço após o seu enquadramento num modelo que permita