02 GLICONEOGENESE
Alguns tecidos como o encéfalo, os eritrócitos, a medula renal, o cristalino e a córnea, os testículos e o músculo em exercício, requerem um suprimento contínuo de glicose como combustível metabólico. O glicogênio hepático pode satisfazer essas necessidades por apenas 10 a 18 horas na ausência de ingestão de carboidratos. Durante um jejum prolongado os depósitos de glicogênio hepático são depletados. E a glicose é formada a partir de precursores como o lactato, o piruvato, o glicerol e os α-cetoácidos (catabolismo de aminoácidos ). Durante um jejum de uma noite, cerca de 90% da gliconeogênese ocorre no fígado, com os rins fornecendo 10% das moléculas de glicose recém-sintetizadas. Durante o jejum prolongado, no entanto, os rins contribuem com aproximadamente 40% da produção total de glicose. I - SUBSTRATOS PARA A GLICONEOGÊNESE
São moléculas que podem ser usadas na produção líquida de glicose. Incluem todos os intermediários da glicólise e do ciclo do ácido cítrico, glicerol, lactato e α-cetoácidos, são os mais importantes precursores gliconeogênicos.
A - Glicerol O glicerol é liberado durante a hidrólise de triacilgliceróis, no tecido adiposo, e é levado ao fígado pelo sangue. O glicerol é fosforilado pela glicerol-cinase, resultando em glicerol-fosfato, que é oxidado pela glicerol-fosfato-desidrogenase, produzindo diidroxiacetona-fosfato, um intermediário da glicólise. (os adipócitos não podem fosforilar o glicerol, pois não apresentam a glicerol-cinase).
B - Lactato
O lactato é liberado no sangue pelo músculo esquelético em exercício e pelas células que não possuem mitocondrias, como os eritrócitos. Esse lactato é captado pelo fígado e reconvertido em glicose, que é liberada de volta para a circulação.
C - Aminoácidos Os aminoácidos obtidos pela hidrólise de proteínas teciduais são fontes de glicose no jejum.
II - REAÇÕES EXCLUSIVAS DA