007 Razao Cientifica
A razão científica, assim como utilizamos a expressão modernamente, não era conhecida na Antiguidade. Apesar da forte influência que cientistas gregos como Aristarco Estrabão e Arquimedes exerceram na tradição ocidental, o pensamento grego pouco contribuiu para a elaboração de hipóteses científicas sobre a natureza. O pensamento científico como conhecemos modernamente remonta ao século XVI, com o pensador e cientista inglês Francis Bacon – apesar de este ter tido precursores ainda na Baixa Idade Média, como o monge-cientista Roger Bacon no século XIII e o pensador William de Ockham, no século XIV. Em vários dos seus escritos, Bacon deu grande valor à análise e à investigação científica; “Saber é poder”, é uma de suas famosas frases.
Foram figuras como Leonardo da Vinci, Bacon, Copérnico, Kepler, Bruno, Galileu e Newton, que colocaram os fundamentos da moderna ciência, baseada na investigação e na elaboração de teorias. Do campo da filosofia, a grande contribuição ao desenvolvimento do pensamento científico veio de René Descartes, contemporâneo de Galileu e introdutor da geometria analítica e da álgebra geométrica, conhecimentos que fundamentam a moderna matemática e base dos sequentes estudos de física. Descartes também foi o iniciador da filosofia racionalista, que junto com a física newtoniana assentaria as bases do moderno pensamento científico-racionalista.
Importância da Razão Científica para o Iluminismo
A razão tornou-se o principal instrumento de análise do mundo através dos filósofos iluministas. O iluminismo – ou pelo menos muitas ideias que o influenciaram – teve início com o filósofo empirista inglês John Locke (1632-1704). Pouco depois, suas ideias foram desenvolvidas por Jean-Jacques Rousseau, que valorizava a liberdade individual e o estado democrático. Este por sua vez era contemporâneo de Voltaire, grande crítico da Igreja e de todas as formas de autoritarismo. Pouco depois Montesquieu (1689-1755), também influenciado pelo