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INCLUSÃO DIGITAL
Leandro Durães1
Resumo
A inclusão digital que vem sendo praticada no país tem abordado, em sua maioria, apenas a necessidade de fazer com que os alunos aprendam a usar as tecnologias com o objetivo de inseri-los no mercado de trabalho. Para isso, considera-se que, para alcançar a inclusão digital, é necessária uma política de universalidade do acesso à Internet. Porém acesso não significa apenas conexão física e acesso ao hardware, ou melhor, não é o acesso à tecnologia que promoverá a inclusão, mas sim a forma como essa tecnologia vai atender às necessidades sociais das comunidades locais, com uma apropriação crítica, pois o papel mais importante do processo de inclusão digital deve ser a sua utilidade social. O que se defende neste artigo é uma mudança na maneira de
“ver” a tecnologia, não apenas como um instrumento solucionador imediato de problemas, mas um conjunto de ações integradas e abrangentes que através de uma apropriação crítica provoque mudanças comportamentais perante a própria tecnologia, mostrando como o uso de computadores pode auxiliar no processo de aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Inclusão Digital. Tecnologia. Aprendizagem. Inclusão escolar.
Desenvolvimento escolar.
Introdução
Tendo como cenário a realidade educacional no contexto dos avanços tecnológicos, o presente artigo dedica-se à discussão do tema “inclusão digital”. Na sociedade da informação, ambiente globalizado baseado em comunicação, informação, conhecimento e aprendizagem, o papel da disseminação da informação torna-se fundamental para a construção do conhecimento e para a formação do cidadão (OLIVEIRA, 2000). As tecnologias da informação e comunicação (TIC) trazem a possibilidade de democratização e universalização da informação com grande potencialidade para diminuir a exclusão social, embora paradoxalmente tenham produzido, nos países