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GESTãO DE PESSOASdo
controle
os funcionários de melhor desempenho estão encontrando “jeitinhos” para apresentar resultados de modo mais eficiente e em sintonia com a economia do consumidor. ao contornar os protocolos tecnológicos, eles são os hackers do bem, como afirmam, em entrevista, os consultores bill jensen e josh klein
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HSMManagement 86 • maio-junho 2011 hsmmanagement.com.br
Foto: iStock
amor das empresas por burocracia morosa, tecnologias herdadas e procedimentos profundamente enraizados está nos matando”, escrevem Bill Jensen, consultor em design organizacional, e Josh Klein, consultor em hacking, no livro Hacking work: breaking stupid rules for smart results (ed. Portfolio). Os autores demonstram como regras e hierarquias podem sufocar qualquer coisa que se assemelhe a inovação e mostram a cura para o mal: o hacking no ambiente de trabalho. Assim como o famoso “jeitinho brasileiro”, o termo “hacking” é aqui entendido como a prática de contornar regras a fim de fazer as coisas acontecerem –especialmente, regras tecnológicas. Os autores insistem que não estão liderando uma revolução, e sim relatando o que já acontece em toda grande organização. “Os líderes continuam definindo regras que criam ilusão de controle –mas é uma ilusão”, dizem. Vocês dizem que “nos tornamos escravos de nossa `infraestrutura' –das ferramentas de controle, dos procedimentos e requisitos” e definem o inimigo como “regras estúpidas, falta de bom senso e `é assim porque eu mandei'”. Quais são as principais queixas das pessoas com quem vocês conversam? Josh Klein: As queixas quase sempre têm a ver com algo que esteja impedindo as pessoas de fazer melhor seu trabalho. Pode ser um processo que as faça preencher formulários demais ou uma plataforma que seja realmente inconveniente, mas nunca são queixas do tipo “Detesto meu trabalho”. Elas querem dizer: “Gostaria de poder fazer o que faço de um jeito melhor”. Bill Jensen: O problema central é de design