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Filme Resenha: O Cavaleiro Solitário
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O Cavaleiro Solitário revive personagens célebres em aventura aborrecedora
Entre os anos 30 e 60, Lone Ranger, um caubói apaixonado pela lei, e seu companheiro Tonto, um índio esguio e habilidoso, incorporaram histórias transmitidas por rádio, exibidas em séries de cinema e TV, e publicadas em jornais no formato de quadrinhos. Seus nomes, de fato, só perduram nas memórias mais saudosistas, mas difícil mesmo alguém não se lembrar do famoso “Hi-yo, Silver! Away”, gritado pelo herói a cada despedida, que seguia em direção ao horizonte.
Adormecidos desde então, o caubói Jonh Reed e o índio Tonto são acordados agora em "O Cavaleiro Solitário" (The Lone Ranger, 2013), que estreia nesta sexta-feira em todo o país. Pena que o filme do diretor Gore Verbinski seja tão aborrecedor.
O longa traz a origem da parceria entre John (vivido pelo inexpressivo Armie Hammer, de "Espelho, Espelho Meu") e Tonto (Johnny Depp), numa história que lembra um western spaghetti, contada de maneira preguiçosa.
John, aqui, é um homem da justiça que se vê obrigado a caçar o bandido asqueroso que matou seu irmão. Além disso, deve proteger a cunhada (Ruth Wilson, da minissérie "Jane Eyre", da BBC), por quem morre de amores, e o sobrinho. No meio do caminho, encontra o índio Tonto. Tonto crê que John foi escolhido por um mensageiro espiritual e por isso precisa ajudá-lo.
Verbinski foi o responsável pelas duas primeiras sequências de "Piratas do Caribe"; "O Baú da Morte" e "No Fim do Mundo". Subtraia-se delas a interpretação vívida e carismática de Johnny Depp, as empolgantes sequências de ação e qualquer resquício de humor, e o que se tem é este "O Cavaleiro Solitário" – que ainda peca pela total ausência de ritmo, um excesso de cortes secos de câmera e uma exaustiva metragem de duas horas e meia.
Com um orçamento de 250 milhões de dólares, o filme galopa rumo ao fracasso