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Do tênis, com o caso mais recente do croata Marin Célio, aos escândalos no atletismo e no ciclismo, a incidência de doping no mundo esportivo preocupa além do desempenho desleal entre os competidores. Mais do que vencer burlando as regras, a dopagem é um problema que tem consequências na saúde pública e influencia negativamente os fãs que se espelham em “heróis” do esporte.
Preocupada com o problema, a UNESCO realizou, na última semana, em Paris, a 4ª Conferência da Convenção Internacional contra a Dopagem no Desporto. No encontro, terminado ontem, autoridades dos 174 países signatários do documento debateram as medidas que adotaram para tentar diminuir o número de casos de doping no meio esportivo.
Dias antes do evento, o comitê de eliminação do doping no esporte da entidade liberou recurso de mais de US$ 600 mil (cerca de R$1,3 milhão) para 27 projetos destinados à prevenção e ao combate ao doping. O aumento dos recursos é justificado pela ainda enorme incidência das drogas nas competições. Só em 2012, segundo dados da Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) foram 4,7 mil amostras com resultado positivo.
A Conferência da UESCO ainda ratifica a lista de substâncias e métodos proibidos em competições, atualizada a cada ano pela Wada. As regras para 2014 serão apresentados pela agência mundial em 1º de outubro e seguirão para consulta dos países participantes. No topo das mais flagradas nos exames de atletas de alto rendimento (veja quadro) está substâncias como o EPO, hormônio que aumenta o número de glóbulos vermelhos e permite ao sangue levar mais oxigênio aos músculos, melhorando o desempenho dos atletas durante as provas.
A especialista em fisiologia do exercício da Universidade de Brasília Keila Fontana alerta, contudo, para os riscos que o uso de estimulantes, anabolizantes e outros métodos irregulares, como dopagem sanguínea, pode causar aos