A SOCIEDADE CONTRA O ESTADO

político coercitivo? Isto é: o que é a história? Os fundamentos filosóficos presentes na antropologia política de Pierre Clastres desvelam-se desde o título do primeiro artigo do livro A sociedade contra o estado: “Copérnico e os selvagens“. Clastres articula filosofia e antropologia políticas, calcado em pesquisas etnográficas realizadas em sociedades amazônicas, de modo a desenvolver um projeto crítico à contaminação etnocêntrica latente na antropologia europeia, sugerindo-lhe uma nova orientação, que pudesse estabelecê-la legitimamente como ciência. “É da revolução copernicana que se trata“. No sentido em que “até o presente e sob alguns aspectos, a etnologia deixou as culturas primitivas girarem em torno da civilização ocidental e, poder-se-ia dizer, em um movimento centrípeto. Que uma mudança completa de perspectivas seja necessária (na medida em que se tenha realmente de enunciar sobre as sociedades arcaicas um discurso adequado a seu ser e não ao ser da nossa) é o que nos parece demonstrar com riqueza a antropologia política” (p. 44). A conversão epistemológica é explicitamente análoga ao “giro copernicano” da investigação kantiana sobre as condições de possibilidade da ciência e do próprio conhecimento – “A razão só vê o que produz ela mesma a partir de seus próprios planos” (Kant, 1968, p.19). Clastres empreende uma revolução copernicana do pensamento político na antropologia através do desvelamento de intencionalidades políticas nos povos ameríndios. Sua principal

2ª resenha Em UMA RUPTURA METODOLOGICA: prioridade dada à experiência pessoal do “campo” o autor trata da abordagem antropológica de base, que estaria baseada na “observação direta dos comportamentos sociais a partir de uma relação humana” desconstruindo a antropologia especulativa com características predominantemente filosóficas, onde não predominava a vivência como metodologia e a interação entre o observador e o grupo estudado, portanto é priorizada a experiência adquirida na…

Resenha – DAMATTA, Roberto.... Sales DAMATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à antropologia social. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1987. Por: Mabel Sales 1 O livro “Relativizando: uma introdução à antropologia social” encontra-se organizado em três partes:epílogo – antropologia no quadro das ciências – antropologia e história –trabalho de campo. Na primeira parte, o epílogo –o autor trata de duas pesquisas; os Apinayé e os Gaviões. Inicia falando sobre a…

Objeto de estudo de vários antropólogos, o totemismo é reconhecido por alguns como um conjunto de fenômenos associado às sociedades primitivas. Em contraposição a essas interpretações, Lévi-Strauss aponta um novo significado para este fenômeno questionando a validade do conceito, ou seja, a existência de sociedades totêmicas. Esta resenha objetiva avaliar a análise feita por Lévi-Strauss sobre o totemismo. Com referência na obra Totemismo Hoje do autor, pretende-se verificar quais…

a postura de pesquisador preocupado em evoluir intelectualmente como cidadão e profissional na sociedade em que está inserido. Trata-se, pois, de uma oportunidade de exercício crítico e de compreensão essenciais para o desenvolvimento daqueles que se iniciam na vida científica universitária. Resenha: • Conceito, importância e finalidade: A resenha é a apresentação do conteúdo de uma obra. Ela consiste na descrição minuciosa dos fatos a partir da leitura, resumo, crítica e…

FACULDADE FINAC ALUNO JULIO MANOEL SANTANA PEREIRA Antropologia VITÓRIA 2014 JULIO MANOEL SANTANA PEREIRA Antropologia Resenha crítica apresentada à disciplina Antropologia curso de direito da Faculdade FINAC. VITÓRIA 2014 Laplantine, François. Aprender Antropologia, 2003 Os cinco polos teóricos do…

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ RESENHA – CULTURA UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO ILHÉUS-BAHIA 2013 RESENHA – CULTURA UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO Resenha apresentada como parte dos créditos, para obtenção de aprovação em Antropologia Cultural, do curso de História, I semestre, à Universidade Estadual de Santa Cruz. Docente: Adolfo Neves ILHÉUS-BAHIA 2013.1 RESENHA Laraia, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico, 11° edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,…

RESENHA – Antropologia Estrutural Claude Lévi-Strauss Claude Lévi-Strauss criou o termo ´'Antropologia Estrutural” ele é o principal expoente da corrente estruturalista na Antropologia, buscou elementos da ciência que, no seu entender, haviam feito avanços significativos no desenvolvimento de um pensamento propriamente objetivo. Ao apropriar-se do pensamento estruturalista para aplicá-lo à antropologia no seu entender, elementos universais na atividade do espírito humano…

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA SOCIAL ANTROPOLOGIA III Prof.: Bernardo Lewgoy Paulo Ricardo Müller - Matrícula: 2759/01-0 30/01/2003 Resenha: TURNER, Victor. O Processo Ritual: Petrópolis, Vozes, 1974. Capítulo 5: Humildade e Hierarquia. A Liminaridade de Elevação e de Reversão de Status. No capítulo 5 de “O Processo Ritual”, Turner utiliza o conceito de liminaridade para explicar situações…

Resenha: Evans-Pritchard - Bruxaria, oráculos e magia... - OLIVEIRA Revista Diálogos – N.° 11 – abr. / mai. ‐ 2014 255 RESENHA: EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. edição resumida e introdução Eva Gillies; tradução Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. Emanoel Magno A. de Oliveira1 Escrever uma resenha de uma etnografia clássica como “Bruxaria, oráculos e magia…