Pensar Ao Avesso Benjamin

demonstrando a necessidade de aprender a ler nas entrelinhas as resistências móveis e fluídas dos anônimos sociais em suas astúcias e trampolinagens14. Esta reflexão é necessária ao vermos o discurso de identificação dos catadores ao reafirmar sua classe, pensar seus gostos, costumes e particularidades, algo primordial em nossa pesquisa. Apoiamos nossas bases em estudos da historiografia para decifrar estes aspectos citados acima lendo Albuquerque Júnior e Ginzburg15, que em seus…

dela fala sobre a informação, onde utiliza de suas pesquisas sobre o elemento, para iniciar uma conversa com o mesmo, conseguindo de esta maneira utilizar outra variável que é o fator tempo. Sendo assim, em paralelo ao filme, Cohen nos possibilitar pensar que ao negociar é preciso saber exatamente com quem e o que fazer para que esse processo seja de sucesso. Para Nierenberg, “Negociação é um processo que pode afetar profundamente qualquer tipo de relacionamento humano e produzir…

que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca.” (idem) O dueto com Dias se consagra nesse momento, quando os olhos de Bento admitem enxergar o que é visto pelos olhos do outro. A sintonia de olhares (logo, de “pensares”) marca o dialogismo que compõe o discurso assinado pelo casmurro autor. São muitas vozes que compõem a história da vida de Bentinho e, logo, sua subjetividade. Serão, por exemplo, de Prima Justina as considerações mais contundentes que…

simulação da simulação 44 10. ORIGENS DA HIPER-REALIDADE 47 11. TROCA SIMBÓLICA, LINGUAGEM E MORTE 50 11.1 O Resto Possível 54 12. LIMITE E TRANSGRESSÃO 55 VIII 13. #TWEETTORCIDO 59 14. UM TWEET E UM HAIKAI: O avesso do sentido 67 15. PALAVRA E VERBUM 74 15.1 Ser e estar com 77 16. NIETZSCHE E O VERBUM: BREVE ESPELHO DA MORTE DE DEUS NA LINGUAGEM VERBAL 80 16.1 Trilhando o niilismo 80 16.2 Morte de Deus no Espelho 82…

......... 91 5 Apresentação Giorgio Agamben — um dos mais importantes e mais lidos pensadores europeus da atualidade — torna-se cada vez mais conhecido entre nós. Independentemente de como se queira classificá-lo — como continuador de Walter Benjamin e de Martin Heidegger, ou de Michel Foucault, Jacques Derrida, Émile Benveniste e de Guy Debord, ou como alternativa ao pensamento anglosaxonico de Richard Rorty Agamben é um intelectual instigante, exigente e intempestivo, em meio à…

da história: existe uma história humana porque o homem tem infância. As crianças brincam, isso é o que as caracteriza. Construindo com pedaços, refazendo a partir de resíduos ou sobras (Benjamin, 1987b), na brincadeira, elas estabelecem novas relações e combinações. As crianças viram as coisas pelo avesso e, assim, revelam a possibilidade de criar. Uma cadeira de cabeça para baixo se torna barco, foguete, navio, trem, caminhão. Aprendemos, assim, com as crianças, que é possível…

ignoradas. 6 Na atualidade, conforme Kramer7, há uma espécie de disputa entre as forças literárias e as forças daqueles que desejam manter a história nos seus limites tradicionais. Conforme o autor, entre os historiadores que defendem a idéia de se pensar a história sob uma perspectiva literária destaca-se Hayden White, o qual questiona as fronteiras que separam a História da Literatura e da Filosofia: toda disciplina é constituída por um conjunto de restrições ao pensamento e à …

temos um exemplo claro na narrativa de como Deus criou o mundo. Com base nesta reflexão, veio a idéia de que talvez a chave para entender Blade Runner estivesse na mitologia. Foi o trabalho de Joseph Campbell (1904-1987)5 que nos ajudou a começar a pensar dentro de uma concepção teórica, de maneira a transformar essa idéia inicial em uma proposta de estudo. 5 Campbell lecionou mitologia comparada por quarenta anos no Sarah Lawrence College (BAUZÁ, 1998, p. 151) e (CAMPBELL, 2001, p.…

que atravessam a ficção brasileira e latino-americana contemporânea: o “retorno do autor” e a “virada etnográfica”. Nossa hipótese é que o cruzamento de ambas perspectivas (a autoficção e a etnografia) em alguns romances contemporâneos, permite pensar as múltiplas relações entre a literatura e a antropologia, em particular, e entre a literatura e a epistemologia num sentido mais amplo. As ficções abordadas participam da condição de estarem nas fronteiras culturais e nas fronteiras da ficção

evidenciava a história escrita pela perspectiva dos vencidos, graças à perspectiva romântico-socialista inspirada em Williams Morris. De acordo com a citação: [...] É graças à sua perspectiva romântico-socialista que seu autor pôde tornar visível o avesso do cenário e reescrever a história da virada do século XVIII a partir da experiência das vítimas do progresso. A formação da classe operária inglesa é também, como Miguel Abensour muito bem no seu prefácio à tradução francesa do livro…