A questão da liberdade: kant e nietzsche

(KANT, 1995). Evidencia-se, que o agir moral prescinde da ideia de liberdade. E a seu turno, a liberdade se daria por uma conduta pautada nas leis morais, as quais na realidade são legisladas pelo sujeito transcendental que se pressupõe como livre. Entende-se, que na realidade essa liberdade só é possível através do uso da razão, com é bem evidenciado pelo autor em sua ‘‘Fundamentação da metafísica dos costumes’’. Deste modo, a liberdade só pode ser concebida aprioristicamente, não podendo ser provada de forma empírica e a posteriori, como defendia o filosofo empirista David Hume. Como fica claro nos escritos de Michale J. Sandel, segundo o qual, Kant raciona a liberdade ‘‘ da seguinte forma: quando nós, como animais, buscamos o prazer ou evitamos a dor, na verdade não estamos agindo livremente. Estamos agindo como escravos de nossos apetites e desejos. ’’. (SANDEL, 2012). Em síntese, pode-se inferir que para Kant, a liberdade é algo facultado apenas a seres racionais, os quais ao agir como se fossem autônomos, desvinculando seus atos de qualquer inclinação, criam leis morais que podem ser universalizadas. O agir segundo estas leis garante a autonomia do individuo, de forma que este pode ser valorizado como um fim em si mesmo. E, portanto, a este não cabe nenhuma aferição de valor que não seja o de sua dignidade. Esse conceito de liberdade, quando levado a um analise sob o prisma da adequação a realidade efetiva, tende a ser insuficiente. Pois, da forma que…