O CINEMA E A QUESTÃO AMBIENTAL

grandes companhias, foi lançado no ano seguinte, 1974, Chinatown, de Roman Polanski. Ao contrário de Soylent Green, o filme não se passa no futuro, mas sim em 1937 e retrata a manipulação de um recurso municipal crítico, a água, por um grupo de oligarcas. Foi a primeira parte da planejado trilogia sobre o personagem J.J. Gittes de Towne que buscaria denunciar as fraquezas da estrutura do poder de Los Angeles, e a subjugação de bem público pela ganância privada. A segunda parte, The Two Jakes, era sobre a exploração de outro recurso natural, o petróleo, com um Gittes mais amadurecido vivendo na década de 1940. Foi estrelado e dirigido por Jack Nicholson e lançado em 1990, mas o fracasso comercial e de crítica afundou planos de produzir Gittes vs. Gittes, que seria sobre o terceiro recurso finito, a terra, em Los Angeles, por volta de 1968. Avançando no tempo é possível perceber que essa temática continua sendo abordada de forma muito semelhante, o que inclusive demonstra que não há uma unanimidade na superação do discurso ambientalista da década de 70. Avatar, de James Camaron, lançado em 2009, assim como Soylent Green, é um filme de ficção futurista que se desenrola em 2154, a partir da escassez de um dos recursos básicos à população terrestre. O filme também aborda questões como a dominação política e militar de áreas estratégicas para a produção energética e o choque entre a oblíqua cultura ocidental norte-americana e as demais. Pandora é a ilustração de um “novo…