Aécio 45

Ela está presente, cotidianamente, em todos os nossos gestos e decisões, desde a escolha de nossa alimentação e vestuário até a forma como nos deslocamos de um lugar a outro, passando pela linguagem que usamos, o comportamento adotado na esfera privada ou nas vias públicas, nas escolhas que fazemos a cada instante. Se comemos com garfo e faca e não com as mãos, se respeitamos o sinal vermelho, se usamos sapatos ou não, se elegemos a política como uma estratégia de mediação, em tudo isso, do mais prosaico gesto ao mais refinado pensamento, estamos no exercício da cultura. Pensar a cultura é pensar, portanto, no mundo que estamos a construir, todos os dias. Que valores queremos difundir? Que grupos sociais queremos incluir? Que tipo de cidadão queremos ajudar a formar? Que diálogo queremos promover entre pessoas e organizações? Quem somos, afinal, e o que queremos ser? Só a cultura nos dará essas respostas. Qualquer política de cultura deve ser pautada, antes de tudo, por esse reconhecimento da importância da cultura como fundamento de todas as ações. Pensar a cultura é pensar no país. Em todos os seus caminhos, projetos, ideias, ambições. O tamanho do nosso sonho deve ser medido pela profundidade da inserção da cultura naquilo que queremos fazer. Em seguida, é importante entender a cultura como o atestado de reconhecimento do indivíduo diante do outro. A cultura nos une e distingue, nos fortalece no que temos em comum e também para interagir…