A Peste Negra

Durante a idade média, em meados do século XIV, aconteceu na Europa um dos maiores surtos epidêmicos da história, o qual acabou matando por volta de 50 milhões de pessoas, cerca de um terço da população do continente na época. A doença era chamada de Peste Bubônica, mas por ser tão avassaladora foi apelidada de Peste Negra. A causadora da enfermidade era a bactéria Pasteurella Pestis, a qual era transmitida aos seres humanos pela pulga de ratos. Estes animais infestavam as ruas e esgotos das cidades europeias, que sofriam com a falta de higiene e infra-estrutura. Os roedores multiplicaram-se no continente com a vinda de navios de comércio do Oriente, os quais traziam em seus porões uma grande quantidade de ratos contaminados com a bactéria. Uma vez contaminada, a vítima não poderia esperar nada senão a morte. Como na época a Igreja Católica ocupava o cargo mais alto na sociedade, não havia como procurar uma cura ou tratamento sem ofender os seus princípios, e aquele que o fizesse seria perseguido e condenado, acusado de bruxaria. O primeiro sintoma da doença era o aparecimento de bolhas de pus e sangue nas áreas do pescoço, axilas e virilha, e em seguida vinham febre alta e vômitos. A morte vinha para o doente em uma questão de dias. Com o avanço da medicina e a melhoria da infra-estrutura por todo o mundo, nos dias atuais não é difícil prevenir doenças como a Peste Negra. É claro que novas doenças irão surgir e desafiar os médicos e cientistas ao redor do planeta, mas hoje em dia podemos ter esperança de que profissionais capazes encontrarão uma cura.