Weber economia e sociedade

Em Economia e Sociedade, há uma ênfase no Estado como organização burocrática. Weber analisa o processo de transição de um sistema de dominação tradicional para um Estado moderno, baseado em uma dominação legítima, de caráter racional/legal. A modernização do Estado, segundo ele, é fruto do modelo burocrático, seja este instaurado no âmbito econômico, político, administrativo ou até mesmo cultural de qualquer organização, pública ou privada.
Ao descrever características de sociedades burocráticas, Weber apresenta um conhecimento detalhado de exemplos históricos para confrontá-los e demonstrar o processo geral de burocratização, a variação da evolução/estagnação do modelo de dominação estatal entre as diferentes sociedades e por quais motivos se desenvolvem diferentemente.
O funcionalismo, caracterizado pela vinculação da administração moderna a regras (WEBER, p. 200) amparadas no direito público, é o que constitui a autoridade burocrática, que possui deveres e poderes predeterminados por competências oficiais fixas, ordenadas mediante regras.
Segundo Weber, quando a burocracia atinge sua realização plena, ela é dificilmente revertida (WEBER, p. 222), já que o burocrata, enquanto indivíduo especializado, desumanizado e objetivista, faz escolhas visando o melhor para o fim público, diferentemente de uma ação consensual, típica do modelo democrático. Este, como pressuposto de “igualdade jurídica”, de uma “massa não diferenciada” (WEBER, p.219), levou ao nivelamento dos que se encontravam tradicionalmente subjugados com os soberanos, excluindo a ideia tradicional de privilégio e hierarquia.
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Weber discorre sobre a carreira burocrática no Estado Moderno. Para ele, o cargo burocrático se baseia na fidelidade ao mesmo, em troca da garantia de sua posse. Discorre também sobre o tipo puro, que é aquele nomeado por instâncias superiores. O funcionário