Trabalho População de Rua

Resumo:

O artigo estudado tem como objetivo estimar a ocorrência de Aids, Hepatites B e C e Sífilis entre moradores de rua. Foram estudados usuários de cinco albergues da região central da cidade de São Paulo, com o consentimento de seus diretores, sendo necessariamente pessoas maiores de 18 anos e livres de distúrbios psiquiátricos. Foi estabelecido um convênio com a prefeitura e indicação de técnicos da Secretaria de Assistência Social.
Os usuários foram informados previamente sobre a pesquisa, que além de entrevista individualizada e coleta de sangue, compreendia também um processo de intervenção educativa, que consistiu- se de atendimento individual às pessoas, esclarecimento de dúvidas, incentivo à condutas de prevenção, redução de danos e encaminhamentos necessários. Além de orientações, foram distribuídos insumos como preservativos femininos e masculinos e kits de redução de danos para o uso de drogas injetáveis.
Sabe- se, através de inúmeras pesquisas realizadas que o número de pessoas vivendo em situação de rua tem aumentado nos últimos anos, sendo difícil precisar esse número por se tratar de uma população heterogênia que frequentemente tem seus indivíduos deslocando- se geograficamente.
A população de rua é composta por grupos de alto risco como profissionais do sexo, usuários de drogas injetáveis, egressos do sistema prisional e pessoas com transtornos mentais. Por isso, trata- se de uma população altamente vulnerável à transmissão de doenças.
O texto apresenta dados estatísticos que evidenciam o aumento do número de parceiros sexuais dos moradores de rua depois que passaram a viver nessa situação, tendo um aumento de 0 à 200 para os homens e 0 à 20 para as mulheres, sendo que 26% dos moradores de rua auto declararam- se abstinentes desde quando passaram a viver em situação de rua. Esse aumento da ocorrência de relações sexuais entre os moradores de rua ocorre para vários fins, como sexo por dinheiro, drogas ou comida. O que preocupa é que