Resenha: rocha, carlos v. neoinstitucionalismo como modelo de análise para as políticas públicas. civitas, vol. 5, n. 1, p. 11-28

1309 palavras 6 páginas
Resenha: ROCHA, Carlos V. Neoinstitucionalismo como modelo de análise para as Políticas Públicas. Civitas, vol. 5, n. 1, p. 11-28. O autor divide suas considerações sobre o neoinstitucionalismo em quatro partes. A primeira constitui-se numa alusão aos pressupostos dos modelos marxista e pluralista e em apresentar a perspectiva neoinstitucional e as críticas que levaram à reformulação de sua proposta inicial. A segunda demonstra o papel das ideias na formulação das políticas públicas. A terceira aborda a questão da mudança das instituições. A quarta, conclui as considerações do autor, que ressalta pontos fortes e fracos do modelo neoinstitucional confrontando-o com as perspectivas pluralista e marxista. No modelo pluralista a sociedade é concebida como composta por diversos centros de poder. O modelo adota o conceito de grupos de interesse como instrumento analítico para o processo decisório. A demanda destes grupos de interesse vão delinear as políticas públicas, ou seja, o governo e as políticas advindas deste são vistos como resultado das demandas da sociedade. O marxismo baseia sua análise nas relações entre Estado, economia e classes sociais, relações estas, que são basicamente relações de poder, constituindo o instrumento de análise para a interpretação das transformações sociais e políticas. As políticas públicas são vistas como o reflexo dos interesses do capital. Pluralismo e marxismo são considerados teorias sociocentristas por terem suas análises centradas na sociedade. Para ambos a ação estatal é sempre uma resposta a estímulos vindos da sociedade. O modelo institucionalista, em sua primeira versão, chamada state-centered contrapõe-se a estas duas perspectivas, pois recoloca o Estado como foco analítico privilegiado quando este passa a explicar a natureza das políticas governamentais. Para o neoinstitucionalismo, o Estado não se submete apenas a interesses da sociedade, seja das classes (como no marxismo) ou dos grupos de interesse (como no

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