RESENHA ANALÍTICA DO FILME: MUITO ALÉM DO JARDIM

RESENHA ANALÍTICA DO FILME: MUITO ALÉM DO JARDIM
Kimberly Schäfer SIQUEIRA (G-UFMT)

“Being There (br: Muito além do jardim / pt: Bem-vindo Mr. Chance)” é um filme estadunidense de 1979, do gênero comédia dramática, dirigido por Hal Ashby e com roteiro escrito por Jerzy Kosinski, baseado em novela homônima “O Videota” de sua autoria. Chance é um homem ingênuo, que trabalhou a vida toda como jardineiro e que tem na televisão o único contato com o mundo. Ele não sabe ler e nem escrever, não tem carteira de identidade e nunca andou em um automóvel. Quando seu patrão morre, Chance é obrigado a deixar a casa e é atropelado pelo carro de um magnata, que acaba se tornando seu amigo. A partir daí, tudo o que Chance fala, e até mesmo quando ele se cala, passa a ser interpretado como algo genial. – Extraído de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Being_There.
O discurso de Chance é um discurso de jardineiro, ele fala de flores, árvores e estações do ano... Porém, as pessoas insistem em querer decifrar o que ele diz, acham que Chance se expressa por metáforas e o tem como sábio. Por meio de um magnata chamado Ben, que acaba por se tornar seu amigo, as palavras de Chance chegam a inspirar um discurso do presidente norte-americano, que anda muito preocupado. Chance fala das estações do ano “outono-inverno; primavera-verão” referindo-se a um jardim qualquer, mas é interpretado pelo presidente como uma palavra de esperança.
O filme foi uma forma de reflexão em relação às diferentes formas de interpretação e de expressão encontradas em nosso dia a dia, principalmente, a agilidade do ser humano em usar de metáforas para explicar e entender situações cotidianas. Penso que o filme contém a última cena tanto confusa, parece ser uma ficção com início e meio, sem desfecho. Ainda assim, é um filme muito belo, que carrega um conteúdo denso e profundo de forma dinâmica e até mesmo com um ar de humor.
Por meio do filme, pode-se perceber o poder presente do discurso, na interpretação e