Resenha Adeus Lenin

A guerra fria foi um período histórico que teve início após a Segunda Guerra Mundial, era uma disputa militar não armada, mas de extrema tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética. Sua maior característica era a busca constante destes países em aumentar seu arsenal bélico, premeditando um conflito armado que pudesse acontecer. Durante esse período o mundo ficou dividido entre duas ideologias, o capitalismo representado pelos EUA e o socialismo tendo como seu maior expoente a URSS. Esta divisão atingiu a Alemanha pós-Segunda Guerra de uma maneira especial, pois, ela acabou sendo repartida entre estes dois regimes. O ponto áureo desta divisão no território alemão ocorreu em 13 de Agosto de 1961, com a construção de um muro que dividia a cidade de Berlim em duas, a capitalista e a socialista, porém esta divisão estendeu-se a todo o país. Contudo, com o fim da guerra fria e o enfraquecimento do socialismo, diversas manifestações reivindicavam a dissolução dessa divisão e a queda do muro que a representava. E é justamente neste período de grandes transformações políticas é o que os roteiristas Wolfganger Becker e Bern Lichtenberg decidem ambientar o filme.

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O filme alemão "Adeus, Lênin", lançado em 2003, trata de um drama que conta a história de uma família abalada pelas grandes mudanças que ocorrem em seu país. A obra inicia-se em 1989 num período anterior a queda do muro de Berlin, onde as multidões marchando pelas ruas reivindicam a reunificação da Alemanha. Durante uma dessas manifestações Christine Kerner (Katrin Sab), mãe solteira de dois filhos e amante da pátria, vê seu filho Alexander (Daniel Brühl) sendo agredido por policiais e tem um enfarte. Socorrida, mas em coma, não prestigia a queda do muro e do governo socialista, ocorridas em 9 de novembro de 1989, nem as mudanças que ela permitiu. Após oito meses ela acorda e os médicos dizem a seus familiares que é necessário poupar-lhe de sobressaltos, com isso todos