Rebeliões

2643 palavras 11 páginas
1 - As Rebeliões na América Ibérica
1.1 - Resistência e revolta no antigo sistema colonial
O domínio europeu sobre territórios americanos submeteu às colônias as regras rígidas do pacto nacional. Na América Ibérica, esse poder era exercido por Portugal e Espanha. As restrições comerciam impostas pelas metrópoles as colônias, contudo, não foram aceitas tão facilmente pela população local. Ao longo dos mais de três séculos de colonização, inúmeras revoltas, organizadas por diferentes grupos da sociedade colonial (indígenas, negros escravizados, comerciantes, colonos, jesuítas) questionaram o domínio metropolitano.
Os primeiros grupos a expressar seu descontentamento foram os indígenas e os negros escravizados. Sua permanente resistência à dominação e à colonização demostrava que esses povos não assistiram silenciosamente à desestruturação de suas tradicionais formas de vida e muito menos aceitaram a sujeição que lhes eram imposta.
Além desses povos, outros grupos locais coloniais (alguns compostos por membros das elites, outros por seguimentos sociais mais pobres) confrontaram as normas metropolitanas. Em diferentes regiões da América, passaram a questionar a ordem vigente. Suas causas eram variadas: rivalidades entre colonos e padres jesuítas quanto à escravidão dos povos indígenas; repudio dos comerciantes aos monopólios determinados pela metrópole; criticas dos senhores de engenho aos excessos fiscais; conflito entre os comerciantes locais e os senhores.
No entanto, apenas no final do século XVIII, com o aprofundamento das contradições do antigo sistema colonial, as rebeliões tornaram-se mais contundentes. A situação interna se agravava, pois o Estado português tornava mais presentes as suas exigências, como no caso das Minas Gerais. Muitos europeus também traziam livros, informações e ideias dos movimentos que navegavam o Antigo Regime para a colônia. A revolta contra o antigo Regime somava-se às novas condições da colônia, as transformações econômicas

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