polita como vocação

Na obra Ciência e Política: duas vocações de Max Weber (1864 – 1920) é feita inicialmente no primeiro ensaio A Ciência como Vocação uma comparação com a carreira do cientista americano e a do alemão. Na Alemanha, o primeiro passo para a carreira de um jovem que deseja se dedicar a ciência é a posição de Privatdozent, adquirida através da elaboração de teses e a aprovação de um exame rigorosamente formal. Essa posição serve para designar professores que receberam uma habilitação, mas que não receberam a cátedra de ensino ou de pesquisa. Por esta razão, o "privatdozent" não recebe nenhuma remuneração por parte do governo,a não ser as taxas pagas pelos estudantes - o que torna mais difícil a carreira de cientista aos indivíduos com menos poder aquisitivo- porém, é uma passagem obrigatória antes de obter a cátedra que é um título universitário. O privatdozent pode ministrar todos os cursos que sua especialidade permitir, mas agir dessa forma seria “desrespeito” com os professores mais antigos aos quais ficam reservados os “grandes” cursos, restando apenas os secundários aos privatdozent.
Nos Estados Unidos da América (EUA) em contrapartida, o jovem cientista possui remuneração desde o principio e tem aparentemente uma situação estável, pois o pagamento é fixo. Entretanto pode ser despedido senão corresponder as expectativas de “sala cheia”.
Para Weber todo jovem que acredita possuir vocação cientifica deve ter em mente que a tarefa é adornada de duplo aspecto, tendo assim que possuir as qualificações do cientista e do professor. Ele ressalta ainda que essas duas características nem sempre são coincidentes no mesmo individuo, podendo ser um ótimo cientista e péssimo professor. A vocação cientifica é determinada, antes de tudo pela especialização.
“ Jamais um individuo poderá ter a certeza de alcançar qualquer coisa de valor verdadeiro no domínio da ciência, sem possuir uma rigorosa especialização.” Ciência e Política: duas vocações, pag. 26.
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