Os sofistas
Os sofistas surgem quando está se iniciando a democracia, eles são mestres que muitas vezes percorrem as cidades-estados fornecendo seus ensinamentos, suas técnicas, suas habilidades aos governantes e aos políticos em geral. Eles não possuíam uma escola, o que os caracteriza é muito mais um prática ou uma atitude comum do que uma doutrina única. Eles tiveram uma grande influência na preparação do cidadão à vida política, mas também tiveram uma forte oposição por parte de Platão, Sócrates e Aristóteles. O que nos resta dos sofistas são testemunhos, citações, fragmentos que nos chegaram através de seus principais adversários, Platão e Aristóteles, que pintaram um retrato bastante negativo desses pensadores, por isso é difícil termos uma avaliação mais concreta de sua função e de sua concepção filosófica e pedagógica. Apenas recentemente os intérpretes e historiadores têm procurado revalorizar à contribuição dos sofistas, através de uma visão mais isenta e objetiva de suas doutrinas, como seu papel, influência e contribuição à filosofia e aos estudos da linguagem. Os mais importantes e influentes sofistas foram Protágoras e Górgias. O fragmento principal e mais conhecido de Protágoras é o inicio de sua obra sobre a verdade, quando afirma: “O homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são.” Esse fragmento de certa forma sintetiza duas das idéias centrais associadas aos sofistas, o humanismo e o relativismo. Protágoras valoriza um tipo de explicação do real a partir de seus aspectos fenomenais apenas, sem apelo a nenhum elemento externo ou transcendente. Isto é, ‘as coisas’ são como nos parece ser, como nos mostram as nossas percepções sensorial, e não temos nenhum outro critério para decidir essa questão.Protágoras aproxima-se assim bastante dos mobilistas, de quem pode ter sofrido influencias.