Numismática

Na antiguidade, a prática do escambo sempre foi recorrente, e, com isso, era necessário que fosse dado valor para determinadas mercadorias. Na antiga Grécia, por exemplo, era comum que o parâmetro de negociação fosse o boi, inclusive para pessoas. Algumas vertentes acreditam que o homem valia cem cabeças de gado e a mulher de vinte até quarenta cabeças.
Com o avanço da organização comercial, ficou mais complexo definir os valores das trocas. Às vezes, algo era de muito valor para um povo e nem tanto para o outro com que estava negociando. A criação da moeda viria a facilitar este intercâmbio, pois o valor da mesma estava impresso nela, sem barganhas.
No século V a.C., Atenas vivia em seu apogeu, destacando-se como um estado poderoso apesar de ainda sofrer ameaças persas. Após a grande vitória nas Guerras Médicas que, apesar de ter deixado a cidade em ruínas, a frota ateniense conseguiu retornar praticamente intacta, iniciou-se um considerável progresso para a cidade. Apoiada pela Liga de Delos, Atenas conseguiu investir na valorização da sua cultura: construiu o Parthenon, que foi símbolo do poder da democracia.
Neste mesmo século, o conflito de interesses das diferentes classes sociais de Atenas gerou manifestações em favor de reformas políticas. Para evitar um conflito maior e afim de diminuir a tensão, os aristocratas determinaram a criação de legisladores, que seriam responsáveis pela criação de leis que equilibrassem os interesses políticos. A democracia foi enfim consolidada, após as reformas dos legisladores Drácon (621 a.C.), Sólon (594 a.C.) e Clístenes (521 a.C.).
As dracmas atenienses que ainda restaram são encontradas principalmente no Numismatic Museum, situado no centro histórico da atual Atenas. O museu conta com uma quantia impressionante de objetos da antiguidade. Além das moedas – que são a maioria – é possível encontrar medalhas, brasões e selos. A coleção é organizada de forma que o expectador pode acompanhar a história da cunhagem,