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A economia verde como um programa para o desenvolvimento sustentável

Hoje se reconhece no plano internacional que o atual modelo de produção e consumo promove impactos ambientais de grandes proporções para a atual e futuras gerações. Impactos esses que afetam o bem estar humano e agravam a pobreza.
Na busca por uma sociedade mais igualitária e mais sustentável, surge a necessidade de alinhar os interesses econômicos, sociais e ambientais como forma de garantir um desenvolvimento sustentável em todo o planeta.
Segundo Elkington (2001 apud Smith, Mendes, Macedo 2010), O desenvolvimento sustentável envolve a busca simultânea do crescimento econômico, da preservação ambiental e do desenvolvimento social.
Nesse contexto de reforçar a promoção do desenvolvimento sustentável, o tema “economia verde” foi amplamente debatido na conferencia do Rio + 20 (2013), como sendo um instrumento para a aplicação de políticas e programas objetivando fortalecer o compromisso com a sustentabilidade entre todos os países da ONU.
Para Zapata, Young et al (2011,p 88 ), o conceito de economia verde propõe que a dinamização da economia deve se dar pela expansão de práticas sustentáveis, por meio de investimento em tecnologias limpas, energias renováveis, transportes verdes, gestão de resíduos, prédios verdes, agricultura sustentável, manejo florestal, e pagamento por serviços ambientais.
Dada a preocupação em atender as necessidades da atual e das futuras gerações, entende-se o desenvolvimento sustentável como algo sistêmico. O conceito de economia verde, por sua vez, poderá se limitar a atividades ou projetos verdes da moda; dando a impressão de deixar de lado os aspectos sociais do desenvolvimento.
Nesse sentido, a discussão sobre a economia verde precisa ser fortemente ancorada no objetivo do desenvolvimento sustentável. O conceito de economia verde não deveria ser visto como um objetivo, e sim como um programa a ser implementado para construir o desenvolvimento sustentável