Guerra fria

Durante todo o período de 1947 a 1989 o mundo viveu a Guerra Fria. O conflito entre Estados Unidos e União Soviética fez com que as pessoas vivessem cada dia temendo uma guerra ainda mais catastrófica do que as grandes guerras anteriores. Isso porque, com o passar dos anos, a evolução do conflito e da tecnologia nuclear chegou a um patamar no qual a iminente luta direta entre as duas superpotências poderia levar ao uso de armas nucleares e um ataque certamente teria um contra ataque com esse mesmo tipo de armamento causando a destruição dos dois adversários. Esse perigo de um possível uso de armas nucleares e o risco de destruição do planeta [Pecequilo p. 38.2 do pdf] desencadeou numa situação peculiar de equilíbrio do terror.

Essa “trégua parcial”, ou melhor, essa preponderância dos elementos dissuasivos que faziam com que a guerra se colocasse em um ponto médio entre o estado ofensivo e defensivo sempre esteve à sombra de uma guerra considerada improvável, mas também sempre possível em suas condições materiais de realização. Esse era o “equilíbrio do terror”

Esse momento da Guerra Fria aconteceu nos anos 1980. A paridade nuclear impossibilitava a vitória de uma das partes no conflito, pois um confronto direto produziria uma guerra sem vencedores. Diante disso os Estados Unidos redimensionaram sua estratégia que vinha sendo adotada desde o inicio, com a Doutrina Truman. O Governo Reagan iniciou o que ficou conhecido com a Nova Doutrina de Contenção e essa mudança na política externa norte-americana foi crucial para que os Estados Unidos saíssem vencedores da Guerra Fria sem derramamento de sangue.
O problema que iremos discutir é a mudança na política externa dos Estados Unidos executada pelo governo Reagan, na década de 1980. Na década anterior, a posição hegemônica dos Estados Unidos foi abalada por fatores como a derrota na guerra do Vietnã, o reconhecimento da paridade estratégica e a afirmação do domínio soviético na Europa Oriental. Tais