Geoeconomica

2787 palavras 12 páginas
QUE FAZER COM A GEOGRAFIA ECONÔMICA NESTE FINAL DE SÉCULO?*

Claudio A. G. Egler** Introdução A Geografia Econômica, originalmente formulada como Geografia Comercial na Inglaterra do final do seculo XIX, encontra-se em uma encruzilhada depois de cerca de cem anos de existência. O impasse resulta, em boa parte, da polarização entre economistas que defendem o fim da Geografia e geógrafos que acreditam que a Economia perdeu sua importância explicativa e normativa diante da crise ambiental e política. A oportunidade de discutir o papel das formulações do historiador Kondratieff sobre o comportamento cíclico da economia capitalista e seus efeitos sobre o espaço geográfico, não pode ser perdida para elaborar uma reflexão crítica acerca dos rumos atuais da Geografia Econômica, procurando avaliar seu papel diante da complexidade do mundo contemporâneo. Neste texto, cuja proposta está muito longe de ser conclusiva, aponta-se a importância e o desafio para a Geografia Econômica de partir de análises diacrônicas, como por exemplo as ondas longas de inovação, para realizar sínteses sincrônicas, como as relações centro e periferia. O texto procura mostrar que estas concepções, que foram construídas sobre situações de crise no passado, podem servir como ponto de partida para a compreensão da profundidade e extensão do processo de reestruturação da economia mundial. A diacronia das ondas longas de inovação A teoria das ondas longas de inovações foi formulada originalmente por Kondratieff (1935) a partir da análise da crise da década de 1920. Sua concepção original partia do ciclo "natural" de substituição dos bens de capital de longo período de amortização, que repercutia diretamente no comportamento, também cíclico, do mercado financeiro. Para Kondratieff este processo de expansão/retração da base produtiva ocorreria em períodos regulares de aproximadamente cinqüenta anos, divididos

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Trabalho apresentado no Simpósio Internacional “Lugar sócio-espacial, mundo” (São

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