Escolástica

Escolástica: a preservação da cultura medieval O papel da Igreja Cristã é crucial para compreender o período conhecido como Idade Média. Por se considerar a principal guardiã dos valores espirituais e morais de toda a humanidade, um modelo de vida e de ensino se fez necessário. Daí surgiu a Escolástica (do latim scholasticus, e este por sua vez do grego σχολαστικός: aquele pertencente à escola, instruído).
O saber unificador medieval A doutrina que determinava a existência de apenas um único Deus reunia povos diferentes sob a possibilidade de moldar as mentalidades para transcender dificuldades intrínsecas na tentativa de coabitação de culturas distintas. O desenvolvimento de um conhecimento pautado na moral cristã possibilitou técnicas básicas para a organização da sociedade medieval e que são o início do mundo ocidental de hoje. Um grande exemplo é o próprio feudalismo, na economia, e a forma monárquica de poder, na política.
A formação do conhecimento medieval A questão inicial à formação do conhecimento medieval era o conflito entre saber divino e saber humano. O cristianismo medieval optava pela verdade concedida por Deus, subjugando a razão humana à divina. Para entender a Escolástica, é necessário compreender esse viés: como conciliar fé e razão? Questão que atravessou todo o período do pensamento escolástico. A Escolástica resulta essencialmente no aprofundar da filosofia, que naquela época abrangia a quase totalidade dos conhecimentos (em alguns casos, até mesmo a teologia). Até o início da Idade Média, traços clássicos e helenísticos marcavam a cultura, educação e filosofia. Depois da entrada do cristianismo no Império Romano, a cultura judaica e cristã passa a influenciar também. A partir de Agostinho, pensadores cristãos tentam, simultaneamente, aprofundar uma fé que está se solidificando e harmonizá-la às exigências do pensamento filosófico grego. O que foi? A Escolástica foi uma linha dentro da filosofia medieval e tinha