Ensaio Teórico

1. Introdução

Num momento de aviamento e de desvalorização do trabalho do professor em todos os níveis, a pedagogia da autonomia nos apresenta elementos constitutivos da compreensão da prática docente enquanto dimensão social da formação humana. (FREIRE, 1996)
Segundo Freire (1996, p. 11), é preciso atentar para a força de seu discurso ideológico e para as inversões que pode operar no pensamento e na prática pedagógica ao estimular o individualismo e a competitividade.
Neste contexto, buscamos contemplar o tema “Inteligência Emocional e a Valorização dos Docentes no Ensino Superior”, devido aos inúmeros desafios que estes profissionais têm enfrentado no constante processo de busca pela qualidade da educação.
Os professores a primeira vista perderam suas funções de transmissores e construtores de conhecimentos. As profundas mudanças que se estão processando na sociedade dão a impressão de que eles são dispensáveis e podem ser substituídos por computadores e outros equipamentos tecnológicos, por meio dos quais o educando adquire conhecimento. (Gasparin, 2011, p. 1)
De acordo com o autor, quando buscam mudanças efetivas na sala de aula e na sociedade, “de imediato se pensa no mestre tanto do ponto de vista didático-pedagógico quanto político. Não se dispensam as tecnologias, pelo contrário, exige-se, cada vez mais, sua presença na escola, mas como meios auxiliares e não como substitutos dos professores”. (Gasparin, 2011a)
Percebemos nesta pesquisa, que vários fatores contribuem para o docente desenvolver por si mesmo a sua autoestima, autoconfiança, automotivação, novas habilidades, seus potenciais, dons, talentos, se atualizar e acompanhar as tendências em sala de aula. Segundo Goleman, o único remédio capaz de debelar sintomas de doença social como uma forma de interagirmos no mundo é através da inteligência emocional. “Esta é um tipo de competência que pressupõe o cultivo, em nós mesmos e em nossos filhos, de aptidões que são próprias do