Desenvolvimento e Maturação: Perspectivas Atuais da Gestalt-terapia

2399 palavras 10 páginas
1- Introdução – O que é a Gestalt Terapia?
O livro Gestalt Therapy publicado há 40 anos pode ser considerado o evento do nascimento da Gestalt, pois foi nessa obra que o termo ”Gestalt” foi usado pela primeira vez e veio com ideias revolucionárias com uma nova teoria e com mudanças dos paradigmas da psicoterapia aplicada nessa época.
A palavra Gestalt é de origem alemã, mas não possui uma tradução literal em nenhuma outra língua. Representa configurações que possuem organização das partes pela qual é composta.
Dessa forma, a Gestalt entende a natureza humana a partir da ideia da parte e do todo, da figura e fundo, ou seja, a percepção do homem se dá a partir de um todo significativo que está vinculado ao um interesse. Esse interesse se torna a figura, o foco e o resto o fundo. Na medida em que se muda o foco, consequentemente o interesse varia fazendo a percepção igualmente variar - “(...) é a organização de fatos, percepções, comportamentos ou fenômenos, e não os aspectos individuais de que são compostos, que os define e lhes dá um significado especifico e particular” (PERLS, 1988, p. 18). A Gestalt terapia é uma abordagem psicológica que tem como base metodológica a fenomenologia e sua visão de homem a partir do existencialismo e da psicologia humanista. É importante salientar a diferençar entre a Gestalt Terapia da Psicologia da Gestalt, como já exposto refere-se ao estudo da percepção, tendo Wertheimer, Kohler e Kofka como principais autores. A Psicologia da Gestalt é uma das influências da Gestalt terapia. Perls tinha como objetivo central do trabalho psicoterapêutico a vivência da experiência no presente e afirmava que “É um tremendo paradoxo trabalhar no agora e ainda ser incapaz de permanecer ou até colocá-lo em foco.” (PERLS, 1988, p.133).
Um dos principais focos da Gestalt terapia, diferente das outras abordagens da época, era o de avaliar o processo terapêutico e não o enfoque analítico ou empírico, enfatizando o “como” ao invés do “por que”.

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