defesa de socrates
Escrita por Platão exprime sua versão da defesa feita por outro filosofo, Sócrates em seu próprio julgamento, onde esta sendo acusado de corromper a juventude e de não aceitar os deuses que são reconhecidos pelo estado, introduzindo novos cultos. A partir do pressuposto “só sei que nada sei” que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, Sócrates provocou os poderosos do seu tempo que o levaram ao tribunal sob a acusação de corromper a mocidade.
Nas conversas Sócrates privilegia as questões morais, por isso em muitos diálogos pergunta o que é coragem, a covardia, a piedade, a amizade e assim por diante. Tomemos o exemplo da justiça: após serem enumeradas as diversas expressões de justiça, Sócrates quer saber o que é justiça em si, o universo que a apresenta.
A defesa de Sócrates de autoria de Platão é um dos primeiros relatos da defesa de Sócrates em meio ao famoso julgamento que resultou na sua morte por ingestão de cicuta, poderoso veneno.
A primeira questão evidente na obra é se as palavras de Platão “coloca” na boca de Sócrates seriam as mesmas proferidas em concreto perante o Tribunal de Atenas ou na verdade reflete o pensamento de Platão em relação às injustiças sofridas por Sócrates.
Na visão de Platão, Sócrates havia sido vítima do poder do discurso político, que agiu contra o raciocínio filosófico. Platão acreditava na superioridade da filosofia sobre a política, a qual deveria dirigir os rumos da segunda.
Apesar da impossibilidade de verificar a fidelidade do texto em relação à defesa de Sócrates em tribunal, é evidente a concordância do autor comas argumentações expressas nas palavras do filósofo que serviu como seu mentor.
A obra está estruturada sob a forma de diálogo, iniciando com a acusação feita por Meleto, acompanhado de Ânito e Líncon. Meleto é o único na obra a falar durante a defesa de Sócrates, caindo em contradição sobre a natureza da acusação feita ao filósofo, afirmando num momento que