Crise Européia
A Europa é conhecida como uma região de altíssimo desenvolvimento econômico e bem-estar social e agora têm sua imagem associada à turbulência de mercado. O descontrole das contas públicas e as particularidades políticas do continente conduziram a zona do Euro a uma crise financeira que poderá levar anos para ser totalmente superada. Os primeiros temores remontam 2007 quando existiam suspeitas de que o mercado imobiliário dos Estados Unidos vivia uma bolha. Temia-se que bancos americanos e também europeus possuíam ativos altamente arriscados, lastreados em hipotecas de baixa qualidade.
A formação da crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram. Os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos – deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008.
Para se financiar, passaram a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do euro. No caso da economia grega, exemplo mais grave de descontrole das contas públicas, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite. Um empréstimo já está sendo formulado, para evitar que a Grécia declare a moratória de sua dívida, o que poderia levar a uma série de calotes de outros países europeus igualmente em crise e à contaminação do sistema financeiro mundial.
A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Européia e ao FMI. A