Analise poema sete faces

Carlos Drummond de Andrade
Itabira/MG (1902) – Rio de Janeiro/RJ (1987)

Drummond é, sem dúvida, um dos maiores poetas brasileiro do século XX, pertencente ao Modernismo – 2ª fase. Nascido em Itabira, cidade mineira conhecida pelo minério de ferro, lugar que deixou marcas no homem e no poeta. No Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, estuda com Gustavo Capanema e Afonso Arinos, que seriam mais tarde, além de seus amigos, companheiros de atividades políticas e intelectuais. Volta para Itabira por problemas de saúde. Parte depois para Nova Friburgo, onde cursa o Colégio Anchieta dos Jesuítas. Datam daí suas primeiras produções literárias, e que se tornam freqüentes a partir de 1922, quando a família se muda para Belo Horizonte. Em 1923 matricula-se na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte e mantém intensa correspondência com Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral; os quais conheceu quando regressavam, via Belo Horizonte, de uma excursão às cidades históricas de Minas. Em 1925 lança A Revista, ponta-de-lança do modernismo em Minas. Casa-se, torna-se redator-chefe do Diário de Minas, perde seu primeiro filho – Carlos Flávio – nasce sua filha Maria Julieta, e, no mesmo ano, 1928 a Revista de Antropologia publica seu poema “No meio do caminho”, verdadeiro escândalo entre os conservadores. Em 1930 publica seu primeiro livro Alguma Poesia e inicia uma carreira burocrática como oficial de gabinete de Gustavo Capanema – secretário do interior de Minas – e com quem Drummond irá em 1934 para o Rio de Janeiro quando Capanema assume o Ministério da educação Pública. Em 1962 Drummond aposenta do funcionalismo, mas continua sua intensa produção literária, como poeta, cronista e jornalista, a observar, analisar, discorrer e dialogar com o mundo que o cerca, sem perder a lucidez e propriedade, sem transigir no sentimento de solidariedade que, não obstante sua declarada “secura”, impregna