1 Bimestre
Psicologia forense: um ramo emergente da ciência psicológica
- A psicologia como ciência
Usamos o termo psicologia no cotidiano com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão de um vendedor, dizemos que ele usa de psicologia para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de psicologia; e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem psicologia para entender as pessoas.
Será essa a psicologia dos psicólogos? Não. Essa psicologia, usada no cotidiano das pessoas, em geral é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser psicologia. As pessoas, em geral, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.
Senso comum: conhecimento da realidade
Existe um domínio da vida que pode ser entendido como vida por excelência: é o cotidiano. É no cotidiano que tudo flui, que as coisas acontecem, que nos sentimos vivos, que vivemos a realidade. Quando fazemos ciência, baseamo-nos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. Afastamo-nos dela para refletir e conhecer além de suas aparências. Mesmo o mais especializado dos cientistas, quando sai de seu laboratório, está submetido à dinâmica do cotidiano, que cria suas próprias regras de sociabilidade e funcionamento. Por vezes, usamos a tradição de nossos antepassados e o fazemos muitas vezes esquecendo sua origem. Em outros momentos, agimos baseados em teorias científicas, mas a usamos de forma simplificada e improvisada. O conhecimento construído no cotidiano usa muitos recursos (algumas vezes sofisticados) e ao mesmo tempo é um conhecimento improvisado.
A dona de casa quando usa a garrafa térmica sabe por quanto tempo o café permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum