A fonte fecunda

A questão principal do texto está no uso da literatura como fonte fecunda para o historiador, que só recentemente é aceita pelos pesquisadores, Antonio Celso Ferreira faz uma breve relação dessas questões que envolvem o entendimento da fonte, qual metodologia utiliza-se, qual teoria, como verificar na obra os aspectos históricos. No primeiro momento é necessário conhecer o significado de fonte para a historiografia, desde a segunda metade do séc. XIX “quando a história tornou-se disciplina acadêmica, o termo passou a ser usado predominantemente como sinônimo de documento e expressão de autoridade e verdade” (pag. 63), nesse período a corrente teórica utilizada era a história metódica ou positivista, os estudos estavam voltados para razão e experiência buscando sempre a verdade dos fatos contrapondo o período anterior que atribuía os acontecimentos ao sobrenatural, divino. Para obter essa verdade é necessário utilizar um método crítico, precisa assegurar a autenticidade documental, um dos motivos de somente aceitar o documento oficial, datado e registrado nos órgãos públicos. E além do mais o historiador
“teme-se dar fé, evita-se ser crédulo, para não recair no inverossímil, estar proibido de mentir e não tem licença poética para alterar a forma da verdade” (pag. 157 – Historia e teoria; José Carlos Reis). É por esse fator que o texto literário não é visto como fonte e acrescenta:
“A historia não é criação do sujeito, não é literatura – é o vivido-real pensado” (pag. 157 – Historia e teoria; José Carlos Reis) Com o advento da escola dos Annales ampliasse o conceito de fonte, agora o acontecer histórico se faz a partir das ações dos homens, então tudo que envolve um ato humano se torna fonte, entra assim no rol dos documentos fotografias, textos literários, jornais, monumentos arquitetônicos e até e-mail.
“Afinal o que é literatura”? Expressão escrita do autor que sobressai da realidade com utilização de metáforas, utopias, sonhos, esta