Thomas hobbes

O contratualista Thomas Hobbes é um dos filósofos que afirmaram que “a origem do Estado e/ou sociedade está num contrato: os homens viveriam, naturalmente, sem poder e sem organização - que somente surgiriam depois de um pacto firmado por eles” (WEFFORT, 2000, p. 52). Em sua obra célebre, Leviatã, o autor afirma que os homens são tão iguais nas aptidões físicas e espirituais, o que faz com que um não seja capaz de prevalecer totalmente sobre os demais. Logo, cada ser humano possui condição de alcançar seus desejos e o outro sempre seria uma ameaça para isso, gerando a desconfiança e uma guerra generalizada entre os homens.

De modo que na natureza do homem encontramos três causas principais de discórdia. Primeiro, a competição; segundo, a desconfiança; e terceiro, a glória.
A primeira leva os homens a atacar os outros tendo em vista o lucro; a segunda, a segurança; e a terceira, a reputação. Os primeiros usam a violência para se tornarem senhores das pessoas, mulheres, filhos e rebanhos dos outros homens; os segundos, para defendê-los; e os terceiros por ninharias, como uma palavra, um sorriso, uma diferença de opinião, e qualquer outro sinal de desprezo, quer seja diretamente dirigido a suas pessoas, quer indiretamente a seus parentes, seus amigos, sua nação e, sua profissão ou seu nome.
Com isto se torna manifesto que, durante o tempo em que homens vivem sem poder comum capaz de os manter em respeito, eles se encontram naquela condição a que se chama guerra; e uma guerra que é de todos os homens contra todos os homens. (WEFFORT, 2000, p. 56 apud LEVIATÃ, CAP. XIII, p. 74-6).

A natureza humana não se transforma com o tempo. Ainda, nas sociedades contemporâneas esta natureza está presente. Pois, como o nome mesmo já se refere, ela é natural, fixa. Os indivíduos são naturalmente egoístas e defendem o seu próprio interesse, a obtenção de proveito para si e sua honra, tendendo à violência, à batalha de todos contra todos. Há na sociedade muitos conflitos