sintese critica

A expansão europeia
Emergindo da Idade Média
O final da Idade Média foi difícil para os europeus. A guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra, a epidemia da peste negra e a desorganização da produção agrícola, que levou a um surto de fome, tiveram profundas consequências. Muitas rotas comerciais terrestres foram interrompidas, a população diminuiu significamente.
A retomada da atividade comercial se fez de forma lenta, na mesma medida em que a expansão demográfica ia se restabelecendo.
Além disso o monopólio da lucrativa rota mediterrânea das espeiarias, exercido pelas cidades italianas, especialmente Veneza, restringia a possibilidade de lucros de outras cidade europeias.
Esses fatores acabaram por forças a burguesia européia a buscar novas alternativas para expandir o comércio.
A empreitada de enfrentar a desconhecida navegação no oceano Atlântico exigia investimentos de vulto, que estavam muito além das possibilidades de qualquer cidade europeia isoladamente
Durante a antiguidade, diferentes povos praticaram a navegação, aventuraram-se pelo mar Mediterrâneo e fizeram dele a principal via para troca de mercadorias e de influencias culturais. Os romanos chamavam-no Maré Nostrum,pois ele marcou profundamente a cultura romana e a dos povos submetidos a seu império. Mesmo durante a Idade Media, o mediterrâneo foi o mar mais singrado pelas embarcações européias, sobretudo as dos genoveses, dos venezianos e de outros comerciantes italianos.

As pessoas do final da Idade Média conheciam o Mediterrâneo, mas temiam e sonhavam com o “mar tenebroso”, como era chamado o oceano Atlântico. Expansão marítima é o nome dado ao processo pelo qual os europeus, enfrentando esses temores, partiram em busca de rotas comerciais mais rentáveis, das maravilhas que os relatos de viagem medievais indicavam existir no Oriente, das terras que trariam oportunidades de superar a crise européia e fortalecer a nova classe que despontava: a burguesia