Resenha Filme; Rosa Luxemburgo

Resenha Crítica do Filme: Rosa Luxemburgo

Esta resenha pretende analisar o filme Rosa Luxemburgo e relaciona-lo a trajetória política e humana da mulher, intelectual marxista e revolucionária polonesa Rosa Luxemburgo que participou do conturbado momento político da Alemanha entre a falência do regime monárquico, o crescimento do proletariado, o fortalecimento do Partido Social Democrata Alemão (SPD) e a Revolução de 1918 que levou a proclamação da República de Weimar. O Filme Rosa Luxemburgo estreou no ano de 1986 e foi dirigido pela cineasta alemã Margarethe Von Trotta que possui uma vasta carreira cinematográfica tendo dirigido diversos filmes, entre eles: A Honra perdida de Katharina Blum (1975), Anos de Chumbo (1981) e o mais atual Hanna Arendt (2012). No filme “Rosa Luxemburgo” a narrativa é construída e alicerçada pela biografia de Rosa durante seu período politico e intelectual mais fecundo e ativo, que perpassa desde suas atividades no Partido Social Democrata Polonês até seu assassinato na Alemanha em 1919. Durante todo filme, a diretora Margarethe Von Trotta busca dimensionar a natureza humana da marxista Rosa Luxemburgo integralmente, não separando a politica revolucionária da mulher, os momentos de atritos e conflitos políticos, dos afetivos e emotivos. Talvez, desta forma, a diretora conseguiu representar o que foi essencial na vida de Rosa Luxemburgo, que durante toda sua vida procurou dar um sentido humano ao seu propósito revolucionário, lutando de forma veemente contra qualquer tipo de burocracia partidária, contra analises ortodoxas e mecanicistas do pensamento marxista da época e principalmente contra a possibilidade de fazer a revolução socialista de maneira verticalizada entre o Partido e o povo. A revolução para Rosa Luxemburgo tinha o propósito de efetivação de um mundo melhor para as pessoas viverem, e possivelmente esta finalidade influenciou sua forma de atuação politica mostrada durante todo