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A censura na TV teve 3 fases distintas:
1ª fase – do início da TV até o golpe de 1964
Nessa época a censura acontecia mais por parte dos patrocinadores, mas já era vista uma influência do governo, com uma legislação que incluía o rádio, cinema e diversões públicas, com forte influência da legislação dos EUA. A censura, nessa época, se preocupava com a moral e os bons costumes.
A primeira legislação regulamentando a censura proibia qualquer declaração do deputado Tenório Cavalcanti sobre o caso Sacopã. O Estado já percebia o poder da manipulação da nova mídia.

2ª fase – A partir do golpe militar de 1964, até o AI-5.
Nessa época o governo tinha plenos poderes para censurar, evitando publicações ou transmissões que fossem inconvenientes ao regime militar. O Estado passou a exercer controle sobre a TV através de normas de concessão para administrar emissoras.
Para explicar a censura à TV, o governo colocava que estava defendendo a preservação da família de mensagens que contrariassem os conteúdos éticos do Estado devido ao alto poder de sugestão da TV e de sua penetração, além da tendência crescente do veículo de substituir a escola na educação da sociedade.
Foi um período de alta influência americana na TV, com seriados importados para suprir o espaço da falta de produção nacional.
Nesse período, jornais saíram do ar, novelas tiveram seu conteúdo alterado ou proibido, como Roque Santeiro, em 1976, proibida na noite de estreia.

3ª fase – De 1979 até hoje, caracterizando-se por uma menor influência do Estado, uma crescente pressão dos telespectadores e uma grande censura interna das emissoras.
O Estado não define mais o conteúdo das emissoras. Esse poder encontra-se na mão do povo, através das pesquisas do IBOPE. O que não funciona e não tem alto índice de audiência acaba saindo do ar.
A maior censura, entretanto, vem das próprias emissoras, que, com medo dessa queda na audiência proíbem em sua programação cenas como beijos entre pessoas do mesmo sexo. O