Ciência e senso comum
Portanto, ao contrário da ciência moderna, que desconsiderava o senso comum, as pesquisas pós-modernas devem incorporar também o conhecimento popular.
Marivalde Moacir Francelin também insere discussões a respeito da definição de ciência, uma atividade que em geral os filósofos preferem abster-se por três motivos, segundo Newton Freire-Maia (1998): 1) pelo o fato de toda definição ser incompleta; 2) pela própria complexidade do tema; 3) e pela falta de acordo entre as definições.
Entre as articulações de ideias, a autora se vale de pensamentos de Alfred North Whitehead (1946), para quem a filosofia da ciência possui grande importância. Além de permitir discussões a respeito da ética e da moral, da política, dos paradigmas e métodos, da epistemologia etc.; este conhecimento do conhecimento pode atuar como elemento unificador das disciplinas. A ciência e o senso comum são formas de conhecimento separadas por vários fatores:
1. A ciência formula leis e teorias, enquanto o senso comum se limita a acumular conhecimentos de forma não sistemática ou crítica.
2. Ao contrário da ciência, o senso comum não adopta formas de confronto com os factos que visem pôr à prova a verdade dos conhecimentos constituídos.
3. A ciência é pensamento crítico que, de forma pública e experimentalmente controlada, submete hipóteses e teorias a exames e testes empíricos rigorosos e constantes. O senso comum é pouco dado ao autoexame, à análise da correção dos conhecimentos, tendendo a aceitá-los tal como transmitidos.
4. A ciência procura, para lá das aparências, encontrar uma imagem fiel e correta do mundo dos fatos e adota métodos e técnicas que evitem ser presas das aparências. O senso comum é